Comunicaciones - Pósters

https://doi.org/10.37527/2023.73.S1

P249/S4-P59 ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL PÚBLICO DE UMA CAPITAL BRASILEIRA ASSISTIDOS PELO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE): ANTES (2019) E APÓS UM ANO DA PANDEMIA COVID-19 (2021)

Sra. Simone Cardoso Lisboa Pereira1, Sra Aline Soleane Carmo Braga2, Sra Eline Martins Viana da Costa2, Sra Fernanda Cristina Tanaka2, Sra Mirna Almeida Trindade Santos2, Sra Rita de Cássia Ribeiro1, Sra Bruna Vieira de Lima Costa1, Sra Mery Natali Silva Abreu1

1Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brazil, 2Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Belo Horizonte, Brasil.



Introdução: A avaliação antropométrica do estado nutricional dos escolares é um instrumento essencial para verificar e monitorar as condições de saúde dessa população e assim identificar possíveis desvios nutricionais como a desnutrição e a obesidade. Ademais, esta avaliação constitui um importante indicador de monitoramento e de avaliação do PNAE, que tem por objetivo contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo. Durante a pandemia da Covid-19, com as aulas presenciais suspensas, esse público foi privado da operacionalização do PNAE. No cenário deste estudo, apesar das aulas suspensas, os escolares receberam (em 2020) cestas contendo alimentos semi-perecíveis e perecíveis. Objetivo: Comparar o estado nutricional de escolares da rede pública municipal de ensino fundamental de uma capital brasileira no período pré e após um ano de Pandemia. Métodos: Os dados antropométricos de 21.978 e 22.279 estudantes referentes aos anos de 2019 e 2021, respectivamente, foram obtidos pelo Sistema Único de Saúde e analisados pelo Teste qui-quadrado com correção de Bonferroni, com nível de significância valor-p<0,125; e pelo Teste qui-quadrado, com nível de significância valor-p<0,001. Resultados: Entre 2019 e 2021, houve redução de estudantes com obesidade (16,2% para 13,4%) e aumento de estudantes com sobrepeso (18% para 21%). Houve maior prevalência de sobrepeso entre meninas (18,6% contra 17,5%) e maior obesidade entre meninos (17,8% contra 14,6%) e considerando a idade, mais que dobrou a prevalência de obesidade entre crianças com 6 anos ou mais comparado a estudantes de 3 a 5 anos. (26,5% contra 10,3%). Conclusões: Considerando a população avaliada, o período da pandemia contribuiu para aumento de sobrepeso e redução de obesidade. Na comparação por gênero, houve prevalência de sobrepeso entre meninas e de obesidade entre meninos e, em relação à idade, a prevalência de obesidade foi maior entre escolares de 6 ou anos ou mais quando comparado a estudantes de 3 a 5 anos.

Palavras chave: avaliação antropométrica, estado nutricional; alimentação escolar; COVID-19.