https://doi.org/10.37527/2023.73.S1
1UFMG/ GEPPAAS, Belo Horizonte, Brazil, 2UFOP, Ouro Preto, Brasil, 3USP, São Paulo, Brasil.
Introdução: Na atenção primária à saúde (APS), os desafios do manejo da obesidade podem estar relacionados a múltiplos fatores. Objetivo: Identificar potencialidades e fragilidades do manejo da obesidade infantil, sob a perspectiva dos profissionais da APS do município de Betim, Minas Gerais, Brasil. Métodos: Pesquisa descritiva, qualitativa, parte do estudo “Manejo da obesidade infantil no contexto da atenção primária à saúde: uma abordagem baseada na intervenção intensiva de múltiplos componentes”. Foram realizados três grupos focais em formato de videoconferência. Os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, e receberam um formulário on-line, com perguntas objetivas. Foi utilizado roteiro de condução por dois pesquisadores treinados, contendo dez questões. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas utilizandose da Análise de Conteúdo. Resultados: Participaram 14 profissionais, 78,57% do sexo feminino, com mediana de idade de 38 anos. Sendo, em sua maioria, profissionais de educação física (42,86%). Foram identificadas sete categorias e oito subcategorias da percepção dos profissionais quanto ao manejo da obesidade infantil. Foram consideradas 60 fragilidades e 20 potencialidades dentre as categoriais. A subcategoria “Processo de Trabalho” apareceu em maiores números de vezes como fragilidade para o manejo da obesidade infantil (n=30), seguida da categoria “Ambiente Doméstico” (n=16). Quanto às potencialidades, a “Escola” foi vista como uma importante categoria (n=9) por ser um local de promoção da alimentação adequada e saudável. Conclusão: Sob a perspectiva dos profissionais da APS, a escola, foi considerada potencialmente efetiva. Este trabalho fomenta pesquisas futuras para o manejo da obesidade infantil no ambiente escolar.
Palavras chave: atenção primária à saúde, obesidade pediátrica, saúde pública.