Comunicaciones - Pósters

https://doi.org/10.37527/2023.73.S1

P224/S4-P34 ASSOCIAÇÃO ENTRE INSEGURANÇA E CONSUMO ALIMENTAR EM UNIVERSITÁRIOS BRASILEIROS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: UM ESTUDO TRANSVERSAL

Sr. Lucas De Almeida Moura1, M.Sc. Elaine Valdna Oliveira dos Santos1, Dr. Alisson Diego Machado1, M.Sc. Thaís Rodrigues Nogueira1, Luana Rocha de Araújo1, M.Sc. Tiago Feitosa da Silva2, Dra. Fernanda Andrade Martins2, Dra. Dirce Maria Lobo Marchioni1, Dr. Alanderson Alves Ramalho2

1Universidade De São Paulo, São Paulo, Brazil, 2Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Brazil.



Introdução: A COVID-19 impactou a garantia de uma alimentação adequada e saudável, inclusive entre universitários, que parecem constituir um grupo suscetível à insegurança alimentar (IA). Objetivo: Verificar a associação entre IA e o consumo alimentar em universitários durante a pandemia de COVID-19. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com 5407 estudantes de instituições de ensino superior de todas as regiões do Brasil. Os dados foram coletados entre agosto/2020 e fevereiro/2021 por um questionário on-line. O consumo alimentar foi avaliado pelos marcadores do VIGITEL. As categorias de resposta foram: “nunca”, “quase nunca”, “1-2 dias”, “3-4 dias”, “5-6 dias” e “todos os dias”. Os níveis de IA foram classificados pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar em Segurança Alimentar (SA) e IA leve, moderada e grave. A associação entre IA e marcadores de consumo foi avaliada por meio de regressão logística (software R, versão 4.2.1). Resultados: Para a IA grave, a maior proporção do consumo de verduras e legumes, feijão e carnes foi de 1-2 dias/semana. Para frutas, a maior frequência foi “quase nunca”. Para ovos e frango, 3-4 dias/ semana. Na amostra em SA, verificou-se frequência superior a 3 dias/semana para a maioria dos grupos, com exceção de frango e ovos. A regressão logística indicou maior chance de baixo consumo de feijão (OR: 1,81; p<0,001) entre aqueles em IA grave; maiores chances de baixo consumo de verduras e legumes (OR: 4,76), frutas (OR: 3,99), lácteos (OR: 3,98) e carnes (OR: 3,41) quanto maior o grau de IA, com p<0001; maior chance de alto consumo de frango entre aqueles em IA leve (OR: 1,14; p<0,001); e maiores chances de alto consumo de ovos quanto maior o grau de IA (OR: 1,29 - 2,04; p<0,001). Conclusão: Quanto mais grave o nível de IA, menor a frequência do consumo de alimentos saudáveis. O consumo aumentado de frango e ovos nos níveis mais graves de IA pode ser justificado pela substituição de carne vermelha.

Palabra chave: segurança alimentar, consumo alimentar, COVID-19.