https://doi.org/10.37527/2023.73.S1
1Universidade Federal De Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte , Brazil, 2Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil, 3Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil, 4Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, 5Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil
Introdução e Contexto: A escola é um local estratégico para implementar intervenções de promoção da saúde para prevenir a obesidade infantil. Contudo, a avaliação da saudabilidade do ambiente alimentar escolar em países de baixa e média renda não está bem descrita. Objetivo: Avaliar a saudabilidade de cantinas de escolas particulares de cinco capitais brasileiras. Métodos: Foram analisados dados de uma amostra representativa de escolas com cantinas (n=513) em cinco cidades brasileiras (Rio de Janeiro, Niterói, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife) que fazem parte do Estudo da Comercialização de Alimentos em Escolas Brasileiras (CAEB). Para avaliação das cantinas foi utilizado o índice de saudabilidade (IS) desenvolvido por Tavares e colaboradores (2021) que tem a finalidade de avaliar, por meio de medida síntese, a saudabilidade do estabelecimento com base na avaliação da disponibilidade de subgrupos de alimentos in natura, minimamente processados ou processados e preparações culinárias baseadas nestes alimentos (AIMPP) e da não disponibilidade de subgrupos de alimentos ultraprocessados e preparações culinárias baseadas nestes alimentos (AUPP), variando entre zero e 100. Quanto mais próximo de 100 o escore estiver, maior a saudabilidade do estabelecimento. Resultados: Na cidade do Rio de Janeiro o IS foi de 23.5, em Niterói 21.4, em Belo Horizonte 29.1, em Porto Alegre 32.6 e em Recife 26. As cantinas de todas as cidades analisadas obtiveram menos de 1/3 da nota máxima (100). Conclusão: Os dados coletados mostram uma situação preocupante quanto à disponibilidade de alimentos saudáveis nas cantinas das escolas privadas brasileiras. O indicador mostrou uma situação melhor na cidade onde as intervenções regulatórias foram implementadas, mostrando um potencial promissor dessas medidas para melhorar o ambiente de alimentação escolar.
Palavras chave: ambiente alimentar escolar, índice de saudabilidade, promoção da saúde.