Comunicaciones - Pósters

https://doi.org/10.37527/2023.73.S1

P181/S3-P54 CARACTERIZAÇÃO DO CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS EM CRIANÇAS QUE VIVEM COM OBESIDADE ATENDIDAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE UMA CIDADE DE GRANDE PORTE DO BRASIL

Sra. Marinara Mary Ribeiro1, Sra. Mariana Zogbi Jardim1, Profa Daniela Silva Canella2, Dra. Ariene Silva do Carmo3, Sra. Luana Lara Rocha1, Sra. Emanuelly Porto Oliveira1, Prof. Larissa Loures Mendes1

1UFMG/ GEPPAAS, Belo Horizonte, Brazil, 2UERJ, Rio de Janeiro, Brasil, 3Ministério da Saúde, Brasília, Brasil.



Introdução: A obesidade é uma doença multicausal que envolve fatores genéticos, psicossociais, nutricionais e comportamentais. Objetivo: Descrever o consumo alimentar de crianças que vivem com obesidade, atendidas na Atenção Primária à Saúde, em Betim, Minas Gerais. Métodos: Estudo transversal parte da pesquisa intitulada Manejo da Obesidade Infantil no Contexto da Atenção Primária à Saúde: Uma Abordagem Baseada na Intervenção Intensiva de Múltiplos Componentes, realizada com uma amostra representativa de crianças com obesidade (escore z ≥ +2 para IMC/Idade), atendidas nas Unidades Básicas de Saúde de Betim, Minas Gerais, Brasil entre agosto (2022) a fevereiro (2023). A avaliação do consumo foi realizada de acordo com a frequência de consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) do dia anterior. Resultados: Foram avaliadas 168 crianças, sendo 57,7% do sexo feminino, com uma média de 8,5 (1,3) anos de idade. A maioria das mães possuía o ensino médio completo (56,7%) e 57,1% das famílias tinham renda mensal superior a um salário mínimo e meio e 50,6% apresentavam algum grau de insegurança alimentar. Quanto ao consumo de AUP Quase metade das crianças consumiu pães ultraprocessados (47,0%) e 41% consumiram refrigerantes. Uma em cada 3 crianças consumiu sucos de pacotes (36,1%), biscoitos doces (35,5%), presunto (34,9%), guloseimas (34,3%) nuggets, hambúrguer e salsicha (33,7%) e bebidas lácteas ultraprocessadas (30,7%). Conclusão: O consumo excessivo de AUP pode favorecer o ganho de peso não saudável, sendo necessárias intervenções ainda na infância, a fim de contribuir para o manejo adequado da obesidade infantil.

Palavras chave: consumo alimentar, obesidade pediátrica, atenção primária à saúde.