https://doi.org/10.37527/2023.73.S1
1UFMG/ GEPPAAS, Belo Horizonte, Brazil, 2UERJ, Rio de Janeiro, Brasil, 3Ministério da Saúde, Brasília, Brasil.
Introdução: A obesidade é uma doença multicausal que envolve fatores genéticos, psicossociais, nutricionais e comportamentais. Objetivo: Descrever o consumo alimentar de crianças que vivem com obesidade, atendidas na Atenção Primária à Saúde, em Betim, Minas Gerais. Métodos: Estudo transversal parte da pesquisa intitulada Manejo da Obesidade Infantil no Contexto da Atenção Primária à Saúde: Uma Abordagem Baseada na Intervenção Intensiva de Múltiplos Componentes, realizada com uma amostra representativa de crianças com obesidade (escore z ≥ +2 para IMC/Idade), atendidas nas Unidades Básicas de Saúde de Betim, Minas Gerais, Brasil entre agosto (2022) a fevereiro (2023). A avaliação do consumo foi realizada de acordo com a frequência de consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) do dia anterior. Resultados: Foram avaliadas 168 crianças, sendo 57,7% do sexo feminino, com uma média de 8,5 (1,3) anos de idade. A maioria das mães possuía o ensino médio completo (56,7%) e 57,1% das famílias tinham renda mensal superior a um salário mínimo e meio e 50,6% apresentavam algum grau de insegurança alimentar. Quanto ao consumo de AUP Quase metade das crianças consumiu pães ultraprocessados (47,0%) e 41% consumiram refrigerantes. Uma em cada 3 crianças consumiu sucos de pacotes (36,1%), biscoitos doces (35,5%), presunto (34,9%), guloseimas (34,3%) nuggets, hambúrguer e salsicha (33,7%) e bebidas lácteas ultraprocessadas (30,7%). Conclusão: O consumo excessivo de AUP pode favorecer o ganho de peso não saudável, sendo necessárias intervenções ainda na infância, a fim de contribuir para o manejo adequado da obesidade infantil.
Palavras chave: consumo alimentar, obesidade pediátrica, atenção primária à saúde.