Comunicaciones - Pósters

https://doi.org/10.37527/2023.73.S1

P166/S3-P39 HORTAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA: UM ESPAÇO-ENCONTRO DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR

Sra. Juliana De Oliveira Ramadas Rodrigues1, Dr. Maria Claudia da Veiga Soares Carvalho1, Dr. Verônica Oliveira1, Dr. Avany Fernandes Pereira1

1Instituto de Nutrição Josué de Castro-Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio De Janeiro, Brazil.



Introdução: Para educação alimentar e nutricional (EAN) no Brasil são relevantes os problemas: alto consumo de alimentos ultraprocessados associado à diminuição de alimentos tradicionais como arroz e feijão, e o aumento de Insegurança Alimentar. As ‘hortas pedagógicas’ na escola são um ambiente alimentar propício para diálogos transdisciplinares nas temáticas agroecologia, desenvolvimento sustentável, direito humano à alimentação e soberania alimentar. Elas foram incluídas na última resolução do PNAE, e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação junto a EAN como tema transversal. Objetivo: Construir hortas e analisá-las quanto à interação entre professores alunos e técnicos. Métodos: A pesquisa-ação se voltou para a superação dos problemas citados na construção coletiva de atividades escolares no ensino médio de 4 escolas do Rio de Janeiro. Com novas tecnologias e novas sensibilidades tanto para a formação técnica como também para uma consciência social, compartilhamos um espaço-encontro de significados e saberes como alternativas saudáveis de vida. Resultados: As hortas escolares mostraram potencial de humanização e socialização. A dinamização de ideias e conteúdos atravessou todas as etapas de planejamento e implantação reverberando soluções locais diferenciadas em cada escola. O diagnóstico do território e papel dos agentes gerou duas vertentes de planejamento participativo: as presenciais e a virtual. A implementação com experimentação com horta física minimizada e a virtual operavam através do elo que as unia, pois embora os processos comunicacionais hoje sejam acelerados, a condição ancestral de equilíbrio do homem e suas comidas se mantém. A tendência emancipadora, de prazer e geradora de aprendizagem orientou o envolvimento de professores na construção do desenho de horta nas 4 escolas. Como efeitos facilitadores podemos citar o reconhecimento de plantas não convencionais, participação de agentes da escola em ações de plantio, atividades externas à sala de aula, construção de sistema audiovisual no refeitório, parceria com técnicos da cozinha, formação interdisciplinar com temática para professores, postagem de plantas cultiváveis em mídias sociais e edição de memes com conteúdo temático. Conclusões: Ficou clara a potência pedagógica desse espaço-encontro para EAN.

Palavras chave: horta escolar; educação alimentar e nutricional; educomunicação.