Comunicaciones - Pósters

https://doi.org/10.37527/2023.73.S1

P160/S3-P33 PREVALÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA INSEGURANÇA ALIMENTAR EM ESTUDANTES DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Sr. Alisson Machado1, Sra. Betzabeth Slater Villar1, Dra. Dirce Maria Lobo Marchioni1

1Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil.



Introdução: A prevalência de insegurança alimentar, em geral, apresenta grande variabilidade espacial, ainda mais levando- se em consideração o período pandêmico, que exacerbou a insegurança alimentar sobretudo em populações como os estudantes universitários, que foram privados de políticas estudantis como os restaurantes universitários. Objetivo: Determinar a prevalência geral de insegurança alimentar e sua distribuição espacial em estudantes de graduação de uma universidade pública, residentes do município de São Paulo, Brasil, durante a pandemia de COVID-19. Métodos: Foram utilizados dados de estudantes de graduação participantes do estudo BRAZUCA-COVID. Foi adotado como critério de inclusão que os estudantes residissem em São Paulo no momento da coleta de dados, que foi realizada por meio de um questionário on-line entre setembro e novembro de 2020. O nível de (in)segurança alimentar foi estimado pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e o distrito de moradia de cada participante foi identificado por meio do endereço fornecido. Os distritos foram classificados em nove grupos de acordo com a divisão geopolítica do município. Os dados foram analisados em frequências absoluta e relativa. A coleta de dados foi realizada após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Foram analisados dados de 916 universitários. A prevalência de insegurança alimentar foi de 28,3%, estando 19,5% em insegurança alimentar leve, 5,1% em insegurança moderada, e 3,7% em insegurança alimentar grave. Em relação à distribuição espacial, a prevalência de insegurança alimentar foi de 8,5% para a Região Centro-Sul; 23,6% para o Nordeste; 24,2% para o Oeste; 25,3% para o Centro; 30,7% para o Sudeste; 37,5% para o Leste 1; 43,4% para o Noroeste; 45,0% para o Leste 2; e 50,0% para a Região Sul. Verificou- se um incremento na prevalência de insegurança alimentar conforme a distância em relação à região central do município aumentava.

Conclusões: A insegurança alimentar atingiu quase um terço dos estudantes, sendo a insegurança leve o nível mais prevalente. A porcentagem de universitários em insegurança alimentar foi maior nas regiões mais distantes do centro do município, o que sugere que medidas de intervenção e políticas estudantis podem ser direcionadas preferencialmente para esses locais.

Palavras chave: insegurança alimentar, COVID-19, geografía.