https://doi.org/10.37527/2023.73.S1
1Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, Faculdade de Medicina, Universidade Federal De Uberlândia, Uberlândia, Brazil.
Introdução: O aumento na prevalência de asma tem sido associado a mudanças ambientais, comportamentais e alimentares, como o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados. Alguns estudos mostraram associação entre consumo de ultraprocessados e asma em crianças e adolescentes, mas existem lacunas sobre uma possível associação em adultos. Objetivo: Avaliar a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e asma na população adulta brasileira. Métodos: Trata-se de um estudo transversal que utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2019), de 88.531 adultos brasileiros. A variável independente foi um escore alimentar, elaborado pela combinação da frequência de consumo no dia anterior de 10 alimentos ultraprocessados, que foi dividido em tercis. A variável dependente foi o diagnóstico médico de asma. Modelos de regressão logística, com ajustes para idade, sexo, raça/ cor, tabagismo, escolaridade, consumo de bebida alcoólica, atividade física, renda per capita e área de residência (urbana e rural) foram realizadas no software Stata 17.0. Resultados: A prevalência de asma foi 5,3% na população em estudo e o escore médio de consumo de ultraprocessados foi 2,5, indicando um consumo de mais de dois ultraprocessados, em média, no dia anterior. Adultos no tercil mais alto do escore de alimentos ultraprocessados tiveram maior probabilidade de asma (OR3ºtercil: 1,28 IC95%: 1,10;1,51), comparados aqueles do primeiro tercil. Conclusões: O consumo de alimentos ultraprocessados se associou à asma em adultos brasileiros.
Palavras chave: consumo de alimentos ultraprocessados, asma, população adulta brasileira