Comunicaciones - Pósters

https://doi.org/10.37527/2023.73.S1

P057/S1-P57 INSEGURANÇA ALIMENTAR GESTACIONAL DURANTE A PANDEMIA DE COVID 19 EM UM MUNICÍPIO DA AMAZÔNIA ACIDENTAL, ACRE - BRASIL

Prof. Maria Tamires Lucas dos Santos1, Prof Kleynianne Medeiros de Mendonça Costa2, Dr. Alanderson Alves Ramalho3, Dr. Andréia Moreira de Andrade3

1Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Acre, Brazil, 2Docente do Curso de Bacharelado em Enfermagem do Centro Multidisciplinar da Universidade Federal do Acre, Cruzeiro do Sul, Acre, Brazil, 3Docente do Programa de Pós- Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Acre, Brazil.



Introdução: A insegurança alimentar é um indicador pouco abordado como parte dos cuidados da atenção maternoinfantil, embora esta população esteja entre os grupos mais vulneráveis. Objetivo: Analisar os fatores associados a insegurança alimentar gestacional, em tempos de pandemia de COVID 19. Métodos: Estudo observacional, analítico, realizado em Cruzeiro do Sul, Acre, entre setembro de 2021 à janeiro de 2022. Características sociodemográficas, clínicas e obstétricas maternas e dos recém-nascidos, foram coletadas por entrevista às puérperas em alojamento conjunto e conferência dos prontuários, cartão do pré-natal e declaração de nascidos vivos. A insegurança alimentar foi mensurada pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Os fatores associados foram obtidos por meio de regressão de Poisson com variância robusta e os resultados expressos em razões de prevalência (RP) com intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Participaram do estudo 423 mulheres. A prevalência de insegurança alimentar gestacional foi de 57,0% sendo 29,1% leve; 12,1% moderada e 15,8 % grave. Os fatores associados foram: idade menor que 20 anos (RP=1,52; IC 95% = 1,29 -1,79), ser beneficiária de auxílio governamental (RP=1,31; IC 95%=1,10-1,55), perda de emprego na família durante a pandemia (RP=1,40; IC 95%=1,20-1,64), número de residentes superior a 4 (RP=1,17; IC 95%=1,00-1,37) e, pré-natal realizado em instituição pública (RP=1,53; IC 95%=1,04-2,26). Conclusões: Observou-se alta prevalência de insegurança alimentar associada ao fato de ser jovem, receber auxílio governamental, algum membro da família perder o emprego, residir com mais de quatro membros no domicílio e realizar pré-natal em instituição pública.

Palavras-chave: segurança alimentar e nutricional., gravidez, saúde pública, nutrição materna, prevalência.