Comunicaciones - Pósters

https://doi.org/10.37527/2023.73.S1

P056/S1-P56 CONSUMO ALIMENTAR DE UNIVERSITÁRIOS BRASILEIROS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Sra. Elaine Valdna Oliveira dos Santos1, Sr. Lucas De Almeida Moura1, Dr. Alisson Diego Machado1, M.Sc. Thaís Rodrigues Nogueira1, Luana Rocha de Araújo1, Dra. Fernanda Andrade Martins2, Dr. Alanderson Alves Ramalho2, Dra. Dirce Maria Lobo Marchioni1

1Universidade De São Paulo, São Paulo, Brazil, 2Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Brazil.



Introdução: A pandemia de COVID-19 gerou impactos na sociedade e revelou modificações no consumo de alimentos saudáveis nas populações mais vulneráveis e expostas à crise sanitária, como os universitários. Objetivo: Avaliar o consumo alimentar de universitários brasileiros durante o período de maior isolamento social em função da pandemia de COVID-19. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com 5520 estudantes, graduandos (4872) e pós-graduandos (648), oriundos de instituições de ensino superior de cinco estados (Acre, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte e São Paulo). A coleta de dados foi realizada entre agosto/2020 e fevereiro/2021 por meio de um questionário on-line. O consumo alimentar foi avaliado por grupo de alimentos (feijão, legumes e verduras, frutas, lácteos, carnes, frango e ovos) marcadores de alimentação saudável, utilizados pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco ou Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL). As categorias de resposta foram: “nunca”, “quase nunca”, “1-2 dias”, “3-4 dias”, “5-6 dias” e “todos os dias”. Os testes t de Student, ANOVA e post hoc de Tukey foram utilizados para verificar a diferença de médias de frequência entre grupos, adotando-se a significância de p<0.05. Os dados foram analisados no software R, versão 4.2.1. Resultados: Os grupos verduras e legumes, lácteos, feijão e frutas apresentaram as maiores médias de consumo, com frequências superiores a 3 vezes/semana. Os grupos carne, frango e ovos tiveram médias inferiores a 3 vezes/semana. Em relação às variáveis sociodemográficas, observou-se maior consumo de feijão entre homens e pessoas mais jovens. O baixo consumo de frutas, verduras e legumes, carne e lácteos foi relacionado com uma menor renda. O estado do Acre apresentou menor consumo de verduras e legumes, frutas e lácteos quando comparado aos demais. Conclusão: Identificou-se relação entre as variáveis sociodemográficas e os marcadores de alimentação saudável, a saber, o sexo e a idade com a frequência do consumo de feijão; renda com a ingestão de verduras e legumes, frutas, carnes e lácteos; e estado de moradia com verduras e legumes, frutas e lácteos.

Palavras chave: alimentação, estudantes universitários brasileiros, COVID-19.