Comunicaciones orales

https://doi.org/10.37527/2023.73.S1

O14 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR BRASILEIRA

Me. R Guimarães Moraes Camargo1, I Prado Martins2, Semiramis Martins Álvares3

1Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde, Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, Brasil, 2Programa de Pós Graduação em Nutrição, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brasil, 3Departamento de Políticas Públicas e Saúde Coletiva, Universidade Federal de São Paulo, Santos, Brasil



Introdução e objetivo: O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é um dos programas de alimentação e nutrição mais relevantes do mundo. As diretrizes do PNAE recomendam a oferta de refeições saudáveis, com alimentos variados e seguros, para contribuir com hábitos alimentares saudáveis para todos os estudantes da educação básica do Brasil. No entanto, apesar da cobertura, abrangência e longevidade, observa-se poucos estudos que tenham avaliado a qualidade de cardápios em âmbito nacional. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da alimentação escolar da educação básica brasileira. Métodos: Estudo transversal analisou 2125 cardápios de 425 municípios brasileiros. Foi realizado um cálculo amostral proporcional ao número de municípios por estado do país. Foram incluídos na amostra cardápios dos anos de 2019 a 2022, de escolas de tempo parcial e de ensino fundamental. Para análise da qualidade foi feita avaliação de uma refeição com base no Índice de Qualidade para Cardápios da Alimentação Escolar Revisado (IQCAE-R). Os dados foram submetidos à análise descritiva e exploratória. Resultados: Observouse que a maioria dos cardápios avaliados apresentou qualidade intermediária (67,53%) e as demais categorias apresentaram a mesma frequência (16,23%). Os grupos de cereais e tubérculos (80,56%) e legumes e verduras (64,33%) apresentaram maior frequência, seguidos de frutas (48,66%); leguminosas (43,95%); carnes vermelhas (38,65%); ovos aves e peixes (35,34%); ultraprocessados (26,96%); alimentos regionais (21,08%); doces ou preparações doces (20,38%); leites e derivados (17,22%); alimentos processados (13,74%); compatibilidade de horário com a refeição (9,27%); alimentos da sociobiodiversidade (5,36%); e preparações regionais doces (3,62%). Conclusão: Este estudo traz um panorama geral da qualidade dos cardápios da alimentação escolar brasileira nos anos de 2019 a 2022, com alta frequência de alimentos in natura e minimamente processados. Por outro lado, também foi possível observar a presença de alimentos que não são permitidos na alimentação escolar como alimentos ultraprocessados e doces ou preparações doces.

Palavras-chave: alimentação escolar. planejamento de cardápio. Índice de qualidade. PNAE.