Comunicaciones e-póster

https://doi.org/10.37527/2021.71.S1

PO 206. RELAÇÃO TRANSVERSAL ENTRE OS PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS E ESCORE DE RISCO GLOBAL (ERG) EM ADULTOS E IDOSOS. ESTUDO BRAZUCA NATAL

Francisca Leide Silva Nunes1, Núbia Rafaella Soares Moreira Torres1, Paula Emília Nunes Ribeiro Bellot1, Alanna Karoline Oliveira Almeida1, Luana Isabelly Carneiro de Oliveira1, Raquel Duarte Medeiros de Oliveira1, Severina Carla Vieira Cunha Lima1, Clélia Oliveira Lyra1, Dirce Maria Lobo Marchione2, Karine Cavalcanti Maurício Sena Evangelista1.

1Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte, Natal, Brazil, 2Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil.



Antecedentes e objetivo. Os indicadores antropométricos são preditores do desenvolvimento ou gravidade das doenças cardiovasculares (DCV). Em adição, a avaliação do risco cardiovascular, por meio de escores de risco, é essencial para a prevenção desses agravos. Objetivou-se investigar as relações entre os parâmetros antropométricos com o Escore de Risco Global (ERG) em adultos e idosos residentes da cidade do Natal - Brasil.

Métodos. Estudo transversal, recorte do “Estudo BRAZUCA Natal”, realizado com 112 indivíduos. Avaliou-se as características sociobiodemográficas, clínicas e antropométricas (índice de massa corporal – IMC, perímetro da cintura, perímetro do pescoço, relação cintura quadril - RCQ e relação cintura estatura - RCE). O ERG, que estima o risco de eventos cardiovasculares fatais ou não fatais, foi calculado e a partir do percentual obtido estratificou-se o risco cardiovascular em. baixo, intermediário, alto e muito alto.

Resultados. A maioria dos participantes eram mulheres (58%), com mediana de idade de 62 (51 - 69) anos e predominância da raça parda (50%). Os valores do ERG indicaram que 72,4% da população foi classificada com risco cardiovascular alto ou muito alto. Segundo o IMC, 72,3% da amostra tinham excesso de peso ou obesidade. As médias do perímetro da cintura [100,63 (11,53) cm, p=0,001], perímetro do pescoço [38,23 (3,60) cm, p=0,002] RCQ [0,96 (0,08), p<0,0001], e a mediana da RCE [0,61 (0,56 – 0,68), p=0,019] apresentaram diferenças estatísticas entre os indivíduos classificados com risco cardiovascular alto ou muito alto em relação aqueles com risco baixo e intermediário.

Conclusões. O perímetro da cintura, perímetro do pescoço, RCQ e RCE estão elevados nos indivíduos com risco cardiovascular alto ou muito alto e podem representar boas ferramentas para a avaliação de risco cardiovascular na prática clínica.

Palavras chave: doenças cardiovasculares, antropometria, risco cardiovascular.