1 Instituto de Nutrição Josué de Castro, UFRJ, Rio de Janeiro, Brazil; 2. Instituto de Nutrição, UERJ, Brazil.
Introdução: Estudos com nutricionistas têm demonstrado mais a prática de atuação desses profissionais, entretanto, ainda são escassos os relacionados à sua saúde. Em profissionais médicos e enfermeiros, os estudos apontam para o adoecimento do profissional de saúde alertando para a importância de maior atenção voltada à saúde desses profissionais. Objetivo: Analisar o perfil de saúde de nutricionistas que trabalha na rede hospitalar municipal pública do Rio de Janeiro. Métodos: O estudo incluiu 289 nutricionistas com vínculo CLT e estatutário, com idade entre 23-69 anos, examinadas em 2011/2012. O IMC foi calculado com a aferição das medidas antropométricas peso e altura. Hábitos de vida e as co-morbidades foram respondidas em questionário auto-administrado. Resultados: Da população estudada, 97,2% era do sexo feminino, média de idade de 41 anos e 70,9% era de cor branca. 48,4% tinha pós-graduação lato ou strictu sensu, a média de trabalho no município/ empresa prestadora foi de 11 anos. Em relação aos hábitos de vida, 72,2% foi considerada insuficientemente ativa, 5,2% de fumantes e 41,7% apresentaram episódios de compulsão alimentar. Com relação à saúde, 26% relataram ter hipercolesterolemia, 2,8% diabetes, 20,5% DORT, 20,1% de hipertensos e 34,3% de gastrite. 32,3% estavam em condição de sobrepeso e 15,3% de obesidade. Considerações finais: Observamos um perfil de saúde caracterizado pelo adoecimento do profissional com destaque para as altas prevalências de excesso de peso (sobrepeso e obesidade) similares aos inquéritos populacionais do país, demonstrando que o profissional nutricionista sofre das mesmas morbidades que a população que ele assiste. A gestão da saúde dos trabalhadores de saúde do setor público precisa de política de prevenção e promoção da saúde desses servidores não somente pelo cuidado ao trabalhador, mas também para a garantia da qualidade de atendimento à população.