1 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil; 2 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Brazil.
O objetivo do trabalho foi comparar os teores de fibra solúvel (FS), insolúvel (FI) e total (FAT) de cenoura, brócolis, couve e repolho orgânicos cultivadas no inverno e verão, com valores propostos em tabela de composição Brazileira de alimentos para hortaliças convencionais. As hortaliças foram cultivadas na região serrana do Rio de Janeiro, Brazil e estão entre as de maior consumo, com relevância nutricional no Brazil, principalmente no que se referem às fibras, vitaminas e minerais (IBGE, 2011). A FAT foi calculada pelo somatório das frações FS e FI e os resultados foram expressos em g de fibras por 100g de amostra (IAL, 2005). Os resultados revelam predominância da porção de FI em todas as hortaliças e não apresentaram diferença significativa ao nível de p<0,05 entre as duas estações climáticas. Sendo os valores de FS, no inverno e verão respectivamente: 0,43±0,04 e 0,51±0,01 (cenoura), 0,54±0,08 e 0,76±0,14 (brócolis), 0,47 ± 0,05 e 0,55 ± 0,02 (couve), 0,23 ± 0,05 e 0,32 ± 0,04 (repolho). E de FI, inverno e verão respectivamente: 1,21±0,06 e 1,08±0,09 (cenoura), 2,47±0,36 e 1,88±0,04 (brócolis), 1,59 ± 0,11 e 1,41 ± 0,00 (couve), 1,34 ± 0,08 e 1,17 ± 0,12 (repolho). Os valores médios de FAT foram 1,61g (cenoura), 2,82g (brócolis), 2,01g (couve) e 1,54g (repolho), resultados expressivos diante da recomendação de consumo para adultos de 14 g/1000 Kcal (ADA, 2008). No entanto, os teores de FAT de hortaliças convencionais foram maiores aos observados, sendo 3,2g para cenoura, 2,9g para brócolis, 3,1g para couve e 1,9g para repolho (UNICAMP, 2011). Logo, o clima não interferiu no teor de fibra das hortaliças orgânicas apesar de todas apresentarem valores menores que as hortaliças convencionais.