1 Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, Brasil. 2 Universidade Gama Filho, São Paulo, Brasil. 3 Centro Universitário São Camilo, São Paulo, Brasil
Introdução: A desidratação interfere na capacidade de sudorese, regulação da temperatura, manifestação da força e resistência dos praticantes de lutas, o que pode ser evitadas pela reposição hídrica. O objetivo do presente estudo foi estimar a Taxa de Sudorese (TS) e demonstrar as alterações do peso corporal em homens, antes e após o treinamento de lutas em uma academia de São Paulo. Métodos: O estudo incluiu lutadores amadores de Muay Thai, Boxe, Karatê e Jiu-Jitsu. Foram aplicadas duas técnicas para avaliar a desidratação pós-treino: um questionário padronizado, com perguntas sobre sintomatologia de sede; análise peso incial (pi) e peso final (pf) para estimativa da TS dos atletas. Resultados: Estudou-se 51 lutadores, com idade média de 28,84 anos (DP=7,51), sendo os mais novos os praticantes de Muay Thai, com média de 28,0 anos (DP=7,52) e os mais velhos praticantes de Karatê com média de 36,8 anos (DP=6,74). A modalidade mais praticada foi o Muay Thai (49%), seguida do Jiu-Jitsu (29%), Karatê (14%) e Boxe (8%). Metade dos lutadores não se hidrataram nos treinos habituais com nenhuma bebida. Porém, na avaliação da perda hídrica, nos treinos de 60 minutos, todos atletas foram classificados como “bem hidratados” ao apresentarem perda percentual em relação ao peso inicial inferior a 1%. A modalidade com a maior porcentagem de perda de peso média (0,73%), e consequentemente, a maior TS média (9,58mL/min) foi o Boxe, seguido do Muay Thai (0,65%) e o Jiu-Jitsu (0,61%). No Karatê, a perda de peso percentual média foi de 0,32% e a TS de 5,00mL/min. Conclusão: Os achados do estudo possibilitaram verificar que os praticantes de artes marciais não se hidratavam de forma adequada nos treinamentos habituais. Entretanto, não apresentaram perdas hídricas indicativas de desidratação durante os 60 minutos de treinamento.