1 Departamento de Nutrição Básica e Experimental/UERJ, Rio de Janeiro, Brasil.
O índice de massa corporal (IMC) ajustado pela idade tem sido utilizado em adolescentes para identificar sobrepeso e obesidade. No entanto, apresenta limitações, principalmente em grupos fisicamente ativos. A circunferência de cintura (CC) e a razão CC-estatura (rCC:E) são medidas indiretas da gordura de tronco, sendo consideradas melhores preditores de risco cardiovascular do que o IMC. A prática de atividade física acarreta alterações na composição corporal reduzindo o peso. Entretanto, em modalidades como o judô, o acúmulo de massa gorda é observado. O objetivo do presente estudo foi comparar adolescentes (14,3 ± 1,0 anos) praticantes de judo (n=34) e de atletismo (n=40) em relação à composição corporal e ao risco cardiovascular. Foram mensuradas a estatura e a massa corporal e calculado o IMC. CC foi medida entre a décima costela e a crista ilíaca. A rCC:E foi calculada, e os valores >0,5 foi considerado como indicador de obesidade abdominal. Os praticantes de judô apresentaram valores respectivamente maiores (p<0.001) do que os de atletismo em relação ao IMC (22.8 ± 3.9 kg/m2, 20.8 ± 2.6 kg/ m2), CC (76.3 ± 9.2 cm, 71.5 ± 5.5 cm) e rCC:E (0.48 ± 0.05, 0.44 ± 0.04). Os praticantes de atletismo apresentaram 25% de sobrepeso, enquanto que 37% dos judocas tinham sobrepeso e 12% obesidade. Em relação a CC somente os judocas (29%) apresentaram valores acima de 0,5. Nossos resultados mostram que os judocas devem estar atentos a composição corporal e distribuição de gordura para prevenção de risco cardiovascular. Financiamento FAPERJ.