1 Universidade Federal de Goiás, Brasil.
Introdução: A obesidade está associada ao surgimento de resistência à insulina (RI) e o diabetes mellitus 2 (DM2). O uso de fitoterápicos em obesos, como o chá verde, tem sido proposto para retardar o surgimento dessas condições patológicas dadas suas propriedades hipoglicemiantes e termogênicas. Objetivo: Avaliar o efeito da suplementação do extrato de chá verde sobre a RI em indivíduos com excesso de gordura corporal e alterações glicêmicas e pancreáticas. Metodologia: O estudo foi um ensaio clínico controlado, pareado, duplo-cego com duração de 12 semanas. Os voluntários foram distribuídos em grupos controle (n= 22) e chá verde (n=24) (1g de extrato seco de chá verde/dia com 50% de polifenóis). Os parâmetros utilizados para avaliação da RI foram: os valores de hemoglobina glicosilada, glicemia e insulinemia de jejum antes e após a intervenção. Os índices HOMA IR e ß foram calculados para avaliação da atividade insulínica e pancreática. Resultados: O chá verde reduziu a glicemia de jejum em 6,05 mg/dl (p=0,014) e aumentou os valores do índice HOMA-ß em 54,54 (p=0,012) em comparação com o grupo placebo, sugerindo uma atenuação na atividade das ilhotas pancreáticas. Não houve diferença estatística dos valores de hemoglobina glicosilada, insulinemia e HOMA IR entre os grupos do estudo (p>0,05). Logo, os dados evidenciam o efeito hipoglicemiante em indivíduos obesos não diabéticos e a melhora da capacidade funcional do pâncreas. Portanto, o chá verde foi associado como uma alternativa viável para o controle glicêmico em indivíduos com alto percentual de gordura corporal e no possível controle desse fator de risco para o desenvolvimento de RI. Conclusão: O chá verde demonstrou efeito benéfico em indivíduos obesos com alterações glicêmicas e/ou pancreáticas.