Póster

PO578. INTERFERÊNCIA DA PERCEPÇÃO DA AUTOIMAGEN CORPORAL NA QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE DE ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO

Juliana Cunha1, Naiara Monique Lázaro e Silva1, Juliana Batista de Lima1, Marília Arantes Rézio1, João Felipe Mota1

1 Universidade Federal de Goiás, Brasil.

Introdução: A prevalência da obesidade infanto-juvenil tem crescido mundialmente, e além das comorbidades associadas, existem ainda as consequências psicossociais relacionadas à imagem corporal. Assim, o objetivo do trabalho é avaliar se a auto percepção da imagem corporal do adolescente com excesso de peso interfere na qualidade de vida relacionada à saúde. Metodologia: Estudo analítico transversal com instrumento QVRS Peds QL TM 4.0 e escala de silhuetas adaptada de Madrigal-Fritsch et al.(1999). As análises estatísticas foram realizadas no SPSS 17.0 com nível de significância de 5%. Resultados: A amostra (n=26) é constituída por 16 adolescentes do sexo feminino (61,5%) e 10 do masculino (38,5%). Observou-se que 30,8% participantes relatam que a condição de saúde atrapalha na escola; 80,8% dos participantes realizam alguma atividade física; 42,3% dos adolescentes apresentam obesidade pelo índice IMC/Idade; Em relação a imagem corporal, 53,8% estão insatisfeitos, sendo que 46,2% se percebem com sobrepeso e 42,3% com obesidade, apesar de todos estarem acima do peso. As análises mostram que o nível de atividade física foi correlacionado positivamente com maiores escores da dimensão física (r= 0,46 e p=0,016); a percepção dos adolescentes mais obesos foi positivamente correlacionada com imagens corporais maiores (r=0,62 p=0,01); a dimensão física foi correlacionada positivamente com a dimensão psicossocial e com o escore total nos adolescente (r=0,66 e r= 0,64 respectivamente e p<0,01); Houve uma tendência a maiores IMCs se relacionarem com menores pontuações da dimensão escolar (r=-0,35), porém não houve significância talvez pelo “n” ainda baixo. Os estudos indicam que os escores de qualidade de vida dos adolescentes obesos são menores que os saudáveis, relacionando positivamente com a insatisfação corporal. Conclusão: O “n” ainda é pequeno, porém notou-se relação entre a percepção da imagem corporal e a qualidade de vida relacionada à saúde, principalmente na dimensão escolar.