1 Universidade Federal do Estado do Rio De Janeiro (UNIRIO), Brasil. 2 Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF) / Fiocruz, Brasil.
Introdução: A hipovitaminose D é considerada um problema de saúde pública no mundo e com o avanço da idade, a capacidade da pele em sintetizar 7-deidrocolesterol em colecalciferol diminui. O valor ideal para esta vitamina é aquele capaz de reduzir o risco de fraturas osteoporóticas e até o presente momento, não há um consenso sobre este valor, principalmente em mulheres na pós-menopausa. Objetivo: Verificar a prevalência de hipovitaminose D e relacionar os níveis sanguíneos desta vitamina com o perfil inflamatório de mulheres na pós-menopausa com diagnóstico de baixa massa óssea. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com 80 mulheres na pós-menopausa com diagnóstico de baixa massa óssea residentes na cidade do Rio de Janeiro (Brasil) no período entre agosto de 2013 e agosto de 2014. Foi aplicada uma entrevista oral utilizandose um questionário estruturado, exame físico e antropométrico e dosados os seguintes metabólitos sanguíneos: 25(OH)D, paratormônio (PTH), proteína C reativa (PCR), colesterol total, HDL e LDL colesterol, triglicerídeos, hormônio folículo estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), estradiol e cálcio. O ponto de corte para hipovitaminose D foi 30 nmol/L (Organização Mundial de Saúde). A densitometria das vértebras (L1-L4) e colo do fêmur foi realizada pelo método de absortiometria por dupla fonte de raios-X (DXA). Os resultados foram analisados no através do teste t de Student (p<0,05) no programa GraphPad versão 5.0. Resultados parciais: Entre as 80 mulheres avaliadas, 34 (42,5%) apresentaram níveis plasmáticos de 25(OH)D3 inferiores a 30 nmol/L, caracterizando a condição de hipovitaminose D e, 46 (57,5%) apresentaram níveis plasmáticos normais de 25(OH)D3. Em relação aos metabólitos sanguíneos, as concentrações de 25(OH)D, hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) foram maiores no grupo de mulheres com níveis normais de vitamina (p<0,0001; p=0,0054; p=0,0010, respectivamente). Conclusão: A vitamina D apresentou correlação positiva apenas com FSH e LH na população estudada.