1 Universidade Federal de Goiás- Faculdade de Nutrição, Brasil.
Introdução: A desnutrição energético-proteica é uma das maiores causadoras do aumento de morbidade e mortalidade entre idosos. Nos portadores de Doença Renal Crônica em hemodiálise essa situação se agrava devido a diversos fatores relacionados à doença e ao tratamento que favorecem a redução da ingestão alimentar e o aumento do catabolismo proteico. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes idosos em hemodiálise em Goiânia-GO. Material e Métodos: Estudo transversal realizado com 86 pacientes idosos. Foram coletados dados clínicos, demográficos, antropométricos, laboratoriais e realizada investigação da ingestão proteica pelo equivalente proteico do aparecimento de nitrogênio normalizado (nPNA). A prevalência de desnutrição foi avaliada pela avaliação subjetiva global (ASG) com escala de sete pontos. Na análise dos dados realizou- se o teste t de Student, Mann Whitney e qui-quadrado com nível de significância 5%. Resultados: A prevalência de desnutrição foi de 20,9%. A principal causa da doença renal foi a nefroesclerose hipertensiva (37,20%), seguida do Diabetes Melitus (30,2%). O grupo foi composto por maioria do sexo masculino (72,9%), com mediana de idade de 66 anos e mediana de tempo em hemodiálise de 31 meses, sem diferença entre pacientes nutridos e desnutridos. Os idosos classificados como desnutridos pela ASG também apresentaram menor Índice de Massa corporal (p<0,001), circunferência da cintura (p<0,001) e circunferência da panturrilha (p=0,033). Apresentaram albumina sérica média de 4,07 ± 0,24 g/dL e nPNA de 1,00 ± 0,24, sem diferença entre idosos nutridos e desnutridos. Conclusões: A avaliação subjetiva global revelou alta prevalência de desnutrição nos pacientes idosos em hemodiálise e associação significativa com parâmetros antropométricos. A população idosa é propensa a apresentar problemas nutricionais, ou seu agravo, sendo necessárias intervenções dietéticas adequadas para melhorar o estado nutricional