1 Departamento de Nutrição e Saúde, Universidade Federal de Viçosa - UFV, Viçosa-MG, Brasil. 2 Departamento de Biologia Geral, Universidade Federal de Viçosa - UFV, Viçosa-MG, Brasil.
Objetivo: Avaliar o efeito agudo do consumo do óleo de coco nas citocinas plasmáticas de mulheres com excesso de peso. Métodos: Fez-se um estudo clínico randomizado, crossover, para avaliar a resposta pós-prandial do consumo de duas refeições teste isoenergéticas compostas de lipídios do óleo de coco (teste) ou azeite de oliva (controle) atingindo 45,7% do VCT. Participaram do estudo 17 mulheres adultas, saudáveis, com excesso de peso (≥25 kg/m2), cuja idade variou entre 20 e 42 anos (26,7 ± 6,4 anos). As duas refeições foram ofertadas em dias não consecutivos (washout de 1 a 4 semanas), de forma que as coletas de sangue foram feitas em jejum (t0 - basal) e nos tempos pós-prandiais t1, t2 e t3 (60, 120 e 180 minutos respectivamente). Utilizou-se a técnica de citometria de fluxo para determinação das concentrações plasmáticas das citocinas IL-6, IL-10 e INF-γ. Para a análise estatística foram aplicados os testes de normalidade e ANOVA de medidas repetidas, considerando nível de significância de 5% - Software estatístico SPSS para Windows versão 20.0. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos local. Resultados: Entre as mulheres que consumiram o óleo de coco, as concentrações plasmáticas das citocinas em pg/mL no t0 foram: IL6 (13,37±11.21); IL-10 (7,46±8,66) e INF-γ (58,08±44,90); para as do controle, foram: IL-6 (7,15±8,17); IL-10 (5,18±4,68) e INF-γ (38,45±25,47). Tais concentrações não sofreram diferenças significativas, em ambos os grupos, tanto em relação ao tempo quanto à refeição. Conclusão: Os resultados sugerem que a resposta inflamatória pós-prandial não foi favorecida pelo efeito agudo do consumo de óleo de coco. Estudos de efeito crônico do consumo deste óleo são necessários e podem ser mais contundentes quanto ao comportamento das citocinas plasmáticas anti e pró-inflamatórias.