1 UNASP - Centro Universitário Adventista de São Paulo, São Paulo, Brasil.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar é uma das mais antigas políticas públicas de Alimentação e Nutrição no Brasil e tem como um dos objetivos a formação de hábitos saudáveis entre escolares. A experiência brasileira tem mostrado a importância de envolver os professores nas atividades de educação alimentar e nutricional (EAN), uma vez que são importantes incentivadores de hábitos saudáveis. O presente trabalho apresenta uma avaliação da alimentação de professores de uma escola pública do município de Embu das Artes, por meio do questionário “Como está sua alimentação?” desenvolvido pelo Ministério da Saúde. Foram entrevistados 22 professores do ensino fundamental, com idade entre 26 e 62 anos, sendo majoritariamente mulheres. O relacionamento com os escolares e merendeiras foi considerado bom ou ótimo pela maioria. Os dados sobre alimentação mostram que: diariamente, os professores ingerem 2 a 3 frutas (72,73%), 1 a 4 colheres de verduras (54,55%), 2 ou mais porções de carnes (72,7%) e 5 ou mais copos de água (59,09%). Prevaleceu a ingestão de leguminosas mais de 4 vezes por semana (59,09%) e de doces de 2 a 3 vezes (54,55%). Todos citaram o óleo vegetal como a gordura utilizada no preparo dos alimentos e a não-utilização de sal de adição. Metade dos professores nunca ingere bebida alcoólica, os demais bebem semanalmente (27%) ou raramente (23%). A avaliação mostrou alguns pontos positivos como o consumo do tradicional arroz com feijão, ótima combinação do ponto de vista nutricional; a ingestão de frutas e sucos naturais e a preferência por gorduras insaturadas. Em relação aos pontos críticos, a educação nutricional com este grupo deve visar à diminuição do consumo de carnes, o aumento da ingestão de verduras e opções saudáveis para aqueles que trocam o jantar por lanches (45%). Envolver a comunidade escolar é essencial para o sucesso da EAN.