Póster

PO331. INGESTÃO DE CHIA (SALVIA HISPANICA L.) DIMINUI O PROCESSO INFLAMATÓRIO EM CAMUNDONGOS TRATADOS COM DIETA HIPERLIPÍDICA E HIPERCALÓRICA

June Carnier1, Fernanda Pinheiro da Silva1, Aline Boveto Santamarina1, Valter Tadeu Boldarine1, Claudia Maria Oller do Nascimento1, Eliane Beraldi Ribeiro1, Lila Missae Oyama1

1 Universidade Federal de São Paulo, Brasil.

Introdução: A chia (Salvia hispanica L), uma oleaginosa rica em diversos nutrientes incluindo os ácidos graxos poliinsaturados, apresenta um efeito antiinflamatório em modelos animais com obesidade induzida por dieta hiperlipídica. A ativação do processo inflamatório por lipopolissacarídeos e ácidos graxos saturados promove o aumento da produção de citocinas pró-inflamatórias e o desenvolvimento da inflamação e da resistência à insulina, contribuindo, por sua vez, para o desenvolvimento da síndrome metabólica. Objetivo: Considerando que estudos abrangendo mecanismos celulares e possíveis relações entre adipocinas e miocinas associados aos efeitos da chia são escassos na literatura, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento com Salvia Hipânica L. sobre mediadores inflamatórios no tecido adiposo, músculo esquelético e fígado utilizando modelo experimental de obesidade induzida por consumo prolongado de dieta hipercalórica. Metodologia: Dez camundongos machos suíços foram separados em dois grupos (dieta hipercalórica e hiperlipídica e dieta hipercalórica e hiperlipídica com farinha de chia) e tratados por 10 semanas com suas respectivas dietas em ambiente controlado. Após o tratamento e a eutanásia dos animais, mensurou-se o peso dos tecidos mesentérico, epididimal, retroperitoneal e gastrocnêmio, bem como o peso do fígado e a determinação da adiposidade. Também verificou-se concentração de adiponectina, IL-6, IL-10 e TNF-α. Resultados: Com o término do tratamento, o grupo que ingeriu a dieta hiperlipídica e hipercalórica com farinha de chia apresentou uma concentração sérica de adiponectina significantemente maior (p<0,05) e concentração de TNF-α no tecido retroperitoneal significantemente menor (p<0,05) em comparação com o grupo que ingeriu a dieta hipercalórica e hiperlipídica. Conclusão: Este estudo demonstrou que a farinha de chia pode ser capaz de minimizar o desenvolvimento do processo inflamatório induzido por uma dieta hipercalórica e hiperlipídica.