1 Departamento de Medicina Preventiva, Universidade Federal de São Paulo, Brazil; 2 Faculdade de Nutrição, Universidade Federal de Alagoas, Brazil; 3 Núcleo de Educação Permanente, Secretaria Municipal de Saúde de Mauá, Brazil; 4 Atenção Básica de Diadema, Secretaria Municipal de Saúde de Diadema; Brazil
Introdução: Dados nacionais Brazileiros indicam uma diminuição da desnutrição e um aumentó do excesso de peso nas crianças. Um programa Brazileiro de transferência direta de renda é uma das estratégias governamentais para combater a fome de famílias pobres e melhorar o estado nutricional de crianças beneficiadas. Objetivo: avaliar o consumo alimentar e o estado nutricional de lactentes beneficiários de um programa Brazileiro de transferência de renda. Métodos: estudo transversal, desenvolvido no período de abril a dezembro de 2012, numa cidade do Estado de São Paulo. Foram avaliados lactentes de 0 a 23 meses. Obtiveram-se informações sobre os lactentes: sexo, idade, uso de bicos artificiais, dados antropométricos e de consumo alimentar. Empregou-se a estatística qui-quadrado, considerando o nível de significância α igual a 5%. Resultados: Dentre os 145 lactentes avaliados, 51,7% eram meninos e 81,4% tinham entre 6 e 23 meses de idade; 72,5% usavam mamadeira e 44,7% chupeta. Quanto ao estado nutricional dos lactentes, 43,1% apresentaram excesso de peso pelo índice de massa corporal para idade, sendo que a maioria (n= 48) tinha entre 6 e 23 meses de idade; 11,6% déficit de estatura pelo índice estatura para idade e 4,3% déficit de peso pelo índice peso para idade. Quanto ao consumo alimentar, 76,9% dos lactentes menores de 6 meses apresentaram consumo adequado para a idade, ou seja, só estavam recebendo leite materno por ocasião da coleta. Dos lactentes entre 6 e 23 meses, 88,2% apresentaram consumo inadequado (p= 0,000): 51,3% não recebiam mais leite materno, 29,4% já tinham consumido açúcar antes dos 6 meses de idade, 56% e 55,4% consumiram suco industrializado e refrigerante, respectivamente, no mês anterior à coleta, e 53,6% consumiram leite com espessante no dia anterior. Conclusão: os lactentes estudados apresentaram elevada prevalência de excesso de peso, além do consumo alimentar inadequado.