Póster

PO281. PERFIL INFLAMATÓRIO E ANTROPOMÉTRICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO, ANTES E APÓS INTERVENÇÃO NUTRICIONAL

Lúcia Gomes Rodrigues1, Mitsu de Azevedo Oliveira1, Bianca Martins Gregório1

1 Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, Rio de Janeiro, Brasil.

No Brasil, a última POF, detectou uma prevalência de excesso de peso de 21,7% e 34,8% em adolescentes e crianças, respectivamente. Esse aumento preocupante visto se deve ao fato do excesso de gordura corporal ser considerado como uma doença inflamatória crônica multifatorial. O objetivo deste trabalho foi avaliar a evolução do perfil inflamatório e antropométrico de crianças e adolescentes com excesso de peso antes e após intervenção nutricional. Esta pesquisa consistiu em ensaio clínico randomizado pragmático aberto com duração de seis semanas, realizado com crianças e adolescentes, recrutados pelo ambulatório de Nutrição de um hospital universitário. Foram adotados critérios de inclusão e exclusão e após a seleção, os pacientes foram alocados nos grupos controle (G0) (dieta baseada na estratificação lipídica) e intervenção (G1) (dieta + aveia). Foi analisado o perfil antropométrico (peso, estatura, IMC/I), circunferência da cintura (CC) e abdominal (CA), razão cintura/estatura (CC/E) e proteína C reativa (PCR). Foi realizada estatística descritiva e inferencial. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa. A amostra consistiu em 151 pacientes com 10,1±2,8 anos e obesidade grave (+2,9±1,1).Após a intervenção nutricional houve redução significativa no peso (G0 = 2,1±1,9Kg e G1=2,0±1,7Kg - p<0,05), nas CA, CC e CC/E para ambos os grupos. Em relação a PCR,só houve redução significativa no G0 (0,56±0,69 para 0,37±0,66 mg/ dL), mas não ocorreu o mesmo com G1 que, inicialmente apresentou valor de 0,26±0,25mg/dL e após intervenção, 0,34±0,58mg/dL. Os valores iniciais de PCR eram significativamente diferentes entre os grupos. Soriano-Guillén et al. encontraram o mesmo perfil inflamatório para crianças obesas que apresentavam sinais de síndrome metabólica. Tanto o G0 quanto o G1 apresentaram redução de peso e circunferências, contudo não houve diferença significativa por tipo de dieta instituída (com ou sem aveia). A PCR não apresentou diferença significativa no acréscimo da betaglucana da aveia na dieta.