Póster

O açaí é um fruto tipicamente Brazileiro que apresenta em sua composição compostos fenólicos com alto poder antioxidante. Estes compostos parecem exercer efeito sobre os produtos da oxidação de lipídeos. Atualmente, a oxidação de moléculas de LDL tem sido descrito como fator determinante para o desenvolvimento da aterosclerose. A paraoxonase, uma enzima presente na molécula de HDL, apresenta capacidade de prevenir a oxidação da LDL e pode ser modulada por fatores dietéticos. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do consumo de polpa de açaí sobre os níveis de malondialdeído – MDA, de LDL oxidada e a atividade da enzima paraoxonase, em mulheres eutróficas e com excesso de peso. Foi realizado um estudo de intervenção nutricional composto por 30 voluntárias (23 eutróficas e 7 excesso de peso). As voluntárias foram orientadas a consumir 200g/dia de polpa de açaí durante um mês. Antes e após a intervenção nutricional, foram coletados dados antropométricos, realizadas dosagens bioquímicas, aferida a pressão arterial e dosados os níveis séricos de MDA, LDL oxidada e atividade da paraoxonase. As analises estatísticas foram realizadas no programa PASW 18.0. Ao final da intervenção as voluntárias eutróficas apresentaram um pequeno aumento no peso (p=0,025) e no IMC (p=0,022). Após o consumo da polpa de açaí foi observada uma redução nos níveis de MDA no grupo de voluntárias eutróficas (p<0,001) e com excesso de peso (p=0,008). Os valores séricos de LDL oxidada foram menores apenas no grupo de mulheres eutróficas (p<0,001). A atividade da enzima paraoxonase sofreu um aumento tanto no grupo de voluntárias eutróficas quanto no grupo com excesso de peso (p<0,001 e p=0,020, respectivamente). O aumento na atividade da enzima concomitante a uma diminuição dos níveis de MDA e de LDL oxidada pode indicar um efeito antioxidante e antiaterogênico proporcionado pelo consumo de açaí.