Póster

A linhaça (Linum usitatissimum) pode ser uma alternativa para reduzir o risco de doenças e agravos não transmissíveis e para melhorar os efeitos adversos da deficiência estrogênica que inicia na perimenopausa. O objetivo foi avaliar os efeitos das linhaças marrom e dourada na antropometria (peso e circunferência da cintura), na composição corporal (IMC, massa magra e % de gordura corporal), no perfil lipídico (colesterol total, HDL-c, LDL-c, triacilgliceróis) e na glicemia em mulheres na perimenopausa, com excesso de peso. Foram selecionadas 30 mulheres com idade entre 40 e 55 anos, divididas em três grupos experimentais (GC, LM e LD) que receberam orientações nutricionais com restrição de 250 kcal/dia. Adicionalmente, os grupos LM e LD receberam diariamente 40 g de linhaça marrom e dourada, respectivamente, durante 12 semanas. Os dados paramétricos foram submetidos ao teste t e ANOVA, complementado com o teste de Tukey, para os dados não paramétricos utilizou- se o teste de Wilcoxon e teste de Kruskal-Wallis, acompanhado de pelo teste de Dunn’s, ao nível de 5% pelo programa GraphPad Prism®. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos (P ≥ 0,05) quanto à antropometria, composição corporal, glicemia, colesterol total, HDL-c, LDL-c e triacilgliceróis. Ao final das 12 semanas, foi observada redução significativa do peso corporal no GC (75,84kg±4,78 a 73,56kg±5,46) e LD (76,16kg±8,90 a 74,05kg±9,23), assim como no peso da massa gorda (27,85kg±5,05 a 26,40kg±3,50 e 28,40kg±6,40 a 27,40kg±7,70; respectivamente) e na circunferência da cintura nos grupos LM e LD (entre 2,3 e 4,8 cm; respectivamente). O grupo LD mostrou diminuição significativa do IMC (30,08 kg/m2±3,37 a 29,27 kg/m2±3,46). Conclui-se que a adesão das mulheres ao plano alimentar contribuiu para a redução no peso corporal e da massa gorda e que a linhaça dourada promoveu melhores benefícios quanto ao IMC e circunferência da cintura em mulheres na perimenopausa.