1 Universidade Federal do Espírito Santo, Bolsista PIBIC/CNPq, Alegre, ES, Brazil; 2 Departamento de Farmácia e Nutrição da Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, ES, Brazil; 3 Programa de Pós Graduação em Ciência da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brazil; 4 Programa de Pós Graduação em Ciências da Nutrição e do Esporte e Metabolismo pela Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brazil; 5 Departamento de Educação Integrada em Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES, Brazil.
Introdução: Estudos têm demonstrado associação entre a contagem de leucócitos com a síndrome metabólica e doenças cardiovasculares. Objetivou-se verificar a relação entre os níveis de leucócitos com a síndrome metabólica e os fatores de risco cardiovasculares isolados na adolescência. Metodologia: Trata-se de estudo transversal com 85 adolescentes de ambos os sexos de 11 a 15 anos, matriculados em escolas públicas de um município do interior. Avaliou-se pressão arterial, peso, estatura, IMC, percentual de gordura corporal (%GC), perímetro da cintura (PC), perímetro do pescoço (PP) e relação cintura/estatura (RCE); parâmetros bioquímicos como colesterol total e frações, triglicerídeos, glicemia de jejum e leucócitos. Utilizou-se Teste t de Student ou Mann Whitney, Correlação de Pearson ou de Spearman e Qui-Quadrado ou Teste Exato de Fischer (p<0,05), dependendo da característica das variáveis. Resultados: Quanto ao estado nutricional, 21% e 30%, respectivamente, apresentaram excesso de peso pelo IMC e alto %GC. O colesterol total foi o que apresentou maior percentual de inadequação (37%). A prevalência da síndrome metabólica segundo IDF (2007) foi de 2,35%. O PC demonstrou maior correlação com triglicerídeos (r=0,255) e com a glicose (r=-0,390), assim como a RCE. O PP se correlacionou positivamente com os triglicerídeos, assim como o %GC. Somente os neutrófilos foram positivamente correlacionados com o PC e a RCE. Os leucócitos totais e os neutrófilos estiveram mais elevados em adolescentes com colesterol total elevado e os monócitos nos com excesso de peso e RCE elevada, porém, não observou diferença nos níveis de células brancas entre indivíduos com e sem a síndrome metabólica. Conclusões: A maioria das variáveis de composição corporal se correlacionou positivamente com as variáveis bioquímicas e pressão arterial, incluindo as células brancas. Ressalta-se a alta prevalência de alterações bioquímicas e de composição corporal, justificando a necessidade de intervenção constante junto aos adolescentes.