1 Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’ - Universidade de São Paulo - Esalq/USP, Brasil.
O estudo avaliou o estado nutricional de 262 escolares de 10 a 16 anos (de ambos os sexos), no tocante ao estado nutricional e à prática de atividade física. As medidas de peso e altura foram obtidas visando os cálculos do escore Z do IMC. Para avaliação da atividade física, utilizou-se um instrumento previamente validado composto por questões quanto à prática de esportes/exercícios físicos, atividades de locomoção casa-escola e inatividade física. Do total de alunos, 56,11% declararam praticar algum tipo de atividade física. Dentre estes, 51,70% foram classificados como eutróficos. A eutrofia foi identificada em 50% das meninas que praticavam atividades físicas. Igual proporção (50%) de alunas com sobrepeso eram sedentárias (nenhuma atividade física), e 58,06% das obesas também não realizavam nenhuma atividade física. O tempo médio (em minutos) dedicado semanalmente às atividades físicas foi de 114,83, as mais mencionadas foram futebol de campo (30,61%) e futebol de salão (23,13%). Quanto à locomoção “casa-escola”, 77,86% referiram caminhar ida e volta. Quanto às atividades passivas, o tempo médio diário assistindo televisão durante os dias de semana alcançou 6,22 horas (DP:22,49) e aos finais de semana, 9,67 horas (DP:21,38). Quando questionados sobre o hábito de jogar videogame, 22,73% das meninas e 60,77% dos meninos afirmaram adotar o costume. Entre os alunos que adotam essa prática, 41,28% foram diagnosticados com excesso de peso. Quanto ao hábito de usar o computador, 74,05% o fazem, destacando alta prevalência de sobrepeso (24,23%) e obesidade (23,71%) identificada entre os alunos . Os dados do presente estudo sugerem que quanto maior o tempo dedicado às atividades sedentárias, menor o tempo dedicado às atividades físicas, bem como a atividade física mostra-se como um componente essencial para a manutenção de um estado nutricional adequado.