Comunicaciones Orales

CO249. POLIMORFISMO 3826A>G NO GENE UCP1 PREDIZ PESO E RISCO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM PACIENTE COM OBESIDADE GRAVE

Carolina Nicoletti Ferreira1, Ana Paula Rus Pérez de Oliveira1, María José Franco Brochado1, Marcela A de Souza Pinhel1, Bruno A Parenti de Oliveira1, Wilson Salgado Junior1, Wilson A Silva Junior1, Julio S Marchini1, José E dos Santos1, Carla Barbosa Nonino1

1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo, Brazil.

Introdução: Estudos têm associado polimorfismos em genes das proteínas desacopladoras (UCPs) com obesidade e alterações do peso. O presente estudo objetivou investigar se o polimorfismo 3826A>G no gene UCP1 está associado com obesidade e risco de doenças metabólicas como diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e dislipidemia. Metodologia: O estudo incluiu 150 pacientes de ambos gêneros com obesidade grau III (índice de massa corporal - IMC ≥35kg/m2) candidatos a cirurgia bariátrica. Informações sobre peso (kg); IMC (kg/ m2); massa gorda (MG, kg); ingestão energética (kcal); prática de atividade física, glicemia de jejum (mg/dl), colesterol total (mg/dl), HDL-colesterol (mg/dl), triglicérides (mg/dl) e presença de comorbidades foram coletados de prontuários médicos. A genotipagem foi realizada pelo método de discriminação alelica em PCR real time (Polymerase Chain Reaction) utilizando sondas TaqMan pre-desenhadas - SNP Genotyping Assays kits (Applied Biosystems, Foster City, CA). O test t foi utilizado para comparação das variáveis antropométricas, de composição corporal e bioquímicas entre os genótipos. Utilizou-se modelos de regressão linear para excluir o efeito da idade, sexo, ingestão energética e prática de atividade física nas variáveis analisadas (p<0,05). O teste qui-quadrado foi utilizado para comparação da prevalência de comorbidades entre os genótipos. Resultados: Dos 150 indivíduos (47,2±10,5 anos, 80% mulheres), 41,3% apresentam genótipo AA; 45,3% AG e 13,4% GG. O peso (150,3±27,2 kg versus 135,2±19,9 kg, p<0,05) e a quantidade de gordura corporal (83,6±19 % versus 73,2±14,1 %, p<0,05) foram menores nos indivíduos portadores do alelo mutado G. Foi observado que indivíduos homozigoto mutados (GG) apresentaram menor frequência de DM2 quando comparado com os portadores do alelo selvagem A (AA+AG) (37,7 % versus 15%, p<0,05). Conclusão: O alelo mutado G do polimorfismo 3826A>G no gene UCP1 está associado a menor peso e massa gorda e, em homozigose, ao menor risco de DM2 em indivíduos obesos graves candidatos a cirurgia bariátrica.