Comunicaciones Orales

CO213. AUTOAVALIAÇÃO DO ESTADO DE SAÚDE EM TRABALHADORES BANCÁRIOS, ESPÍRITO SANTO, BRAZIL

Glenda Blaser Petarli1, Luciane Bresciani Salaroli1, Nazaré Souza Bissoli1, Eliana Zandonade1

1 Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo, Brazil.

A autoavaliação do estado de saúde apresenta estreita correlação entre a mortalidade e morbidade e a compreensão dos fatores relacionados a este indicador pode servir de base para o desenvolvimento de ações preventivas de modo a manter e melhorar a saúde das populações. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo verificar como funcionários de uma rede bancária da grande Vitória/ ES avaliam seu estado de saúde e os principais fatores associados a este indicador nesta população. Foi realizado um estudo transversal, envolvendo 525 bancários do estado do Espírito Santo. Foram coletadas, além da auto-avaliação do estado de saúde, informações sobre características sociodemograficas, comportamentais, de trabalho, condição de saúde e medidas antropométricas e hemodinâmicas. Foi calculado o teste qui-quadrado para verificar associação entre as variáveis independentes e a autoavaliação do estado de saúde e, as variáveis com p-valor menor de 20% neste teste foram incluídas na análise multivariada de regressão logística hierarquizada em níveis, adotando-se nível de significância de 5%. Do total, 521 bancários efetivamente participaram do estudo, destes, 17% (n=87) dos bancários autoavaliaram seu estado de saúde como regular ou ruim. Estiveram associadas à pior autoavaliação de saúde o reduzido nível socioeconômico (OR 1,80; IC 1,06 -3,05), o excesso de peso (OR 3,18; IC 1,79 – 5,65), o baixo apoio social (OR 3,71 ; IC 2,10 – 6,58), o estilo de vida sedentário (OR 2,64; IC 1,42 – 4,89) e, especialmente, a presença de doenças crônicas, que aumentóu em mais de 5 vezes a chance de pior autoavaliação do estado de saúde (OR 5,49, 2,46 - 12,27). Conclui-se que, houve um expressivo número de bancários que autoavaliaram seu estado de saúde como regular ou ruim, e que a presença de doenças crônicas apresentou-se como a fator de maior impacto sobre a forma como o individuo avalia sua própria saúde.