1 Universidad del Estado de Sao Paulo - Instituto de Biociências - Botucatu SP Brazil; 2 Centro de Estudios e Prácticas en Nutricion - Unesp - Botucatu -Sao Paulo Brazil; 3 Grado en Nutritión Universidad del Estado de Sao Paulo - Instituto de Biociências- Botucatu SP Brazil.
O quadro epidemiológico no Brazil e no mundo expõem a alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e impulsionam investigações sobre perfil alimentar da população e fatores de proteção. Flavonóides são fitoquímicos com potencial benéfico, associados à redução de risco de doenças cardíacas, hipertensão e diabetes. Estimativas de consumo de flavonóides e subclasses poderão estabelecer associação entre os hábitos e DCNT, e subsidiar estudos ecológicos ou de intervenção futuros. Devido às dimensões geográficas, variedade cultural e biodiversidade, estudos na população Brazileira devem considerar fontes e teores em diferentes regiões. Objetivo: conhecer o perfil dos flavonóides consumidos e identificar as fontes alimentares nas diferentes regiões. Metodologia: consumo alimentar foi estimado com dados do censo demográfico (Instituto Brazileiro de Geografia e Estatística 2009), que indicam alimentos per capta. Teores de flavonóides foram obtidos do banco de dados do Departamento de Agricultura Americano (Database for the Flavonoid Content of Foods 2014). Foram calculadas as quantidades totais de flavonóide em alimentos consumidos em cada região, as subclasses e fonte de flavonóides. Resultados: o consumo estimado no Brazil foi 29,7mg/d, e as subclasses flavononas (hesperetina e naringenina), flavana-3ol (epicatequina) e antocianidinas (delfinidina) as mais relevantes. Frutas tropicais, laranja (citrus sinensis) e açaí (Euterpe oleracea), seguidas do feijão (Phaseolus vulgaris) e cebola (Allium sativum) foram principais fontes. Regiões apresentaram perfis diferenciados: no Norte, a ingestão foi maior, atribuído em especial ao açaí; no Sul estimou-se 45,7mg/d atribuídos ao chá e chocolate. Hábitos das demais regiões apresentaram laranja como principal fonte. Conclusões: a estimativa de consumo foi variada (17-70mg/d) mas não há valores recomendados. Houve diferenças no consumo quantitativo e qualitativo de flavonóides nas regiões geográficas. Frutas tropicais, antocinidinas e flavononas foram as fontes predominantes. Os resultados poderão subsidiar ações de intervenção em educação, produção agrícola e desafios para redução de DCNT na população.